Ultimamente, apesar dos afazeres, consegui retomar algumas leituras. Tenho frequentado uma biblioteca aqui perto e eles disponibilizam muitos livros. Resolvi aproveitar agora que tenho um pouquinho de tempo.
Minha última requisição foi Jerusalém, do Mia Couto. Nunca havia lido nada dele, mas já tinha ouvido falar muito bem. E foi surpreendente. O livro está repleto de frases emblemáticas, como “Não vale a pena viver num mundo desencantado” e “Quem ama, ama para sempre”. O texto nos faz parar e pensar na felicidade, no mundo à nossa volta, na convivência, na família, na loucura e no amor.
A história está longe de ser previsível e centra-se na decisão de um pai, que decide negar o mundo a si mesmo e aos seus filhos, instalando-se num refúgio que ele mesmo batiza de Jerusalém. Em Jerusalém, não há luz elétrica, não existem mulheres e a única fêmea é a burra Jezibela, que satisfaz os desejos carnais do pai. Os personagens têm nomes estranhos, mas peculiares.
No decorrer do romance, o feminino acaba por aparecer e se instalar em Jerusalém. E muda tudo. Vale a pena ler esse livro, que, apesar de recorrer à fantasia, é extremamente real no que toca aos sentimentos. Recomendo.
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