Todos os dias, vejo a famosa “crise” e suas consequências no telejornal. Só falam nela. Na “maldita”. Se consultarmos algum economista, ele provavelmente nos dirá que a crise é natural. Que sempre foi e que sempre será assim. Que a economia baseia-se nessa idéia dos ciclos, que sempre há períodos de crise e outros de desenvolvimento económico.
Leio matérias e mais matérias que ressaltam a importância da crise em nossas carreiras, afirmando que a “maldita” representa um momento crucial na definição do nosso futuro. Que ótimo… Como se não bastasse o fato de eu fazer parte de uma geração naturalmente prejudicada, que não viveu o crescimento económico e que tem de lutar com unhas e dentes por um lugar ao sol, agora tenho de “repensar” meus planos? Para completar, escolhi uma profissão que gosto, mas que não me dá perspectivas futuras, afinal, jornalista é tudo f… Hehehe.
Esse cenário nada animador produz em mim uma profusão de sentimentos e sensações ruins: angústia, impotência, incapacidade, incerteza e medo. O que eu mais queria agora era ter certezas. Era garantir meu sustento. Ainda não foi possível. Já passei dos 25 e espero chegar lá. O pior é que eu sei que o Obama não vai me salvar. Não sei como caímos nessa balela de “american dream”. Quem foi que nos convenceu?
Arte-Terapia e Educação
Há 2 anos