Bem-vindos!

Sejam bem-vindos a este blog de uma brasileira que vive em Lisboa e "anda" por Portugal. Aqui vocês podem saber quais são minhas impressões desta terrinha lusa.
Lembrem-se: os meus textos estão escritos em português do Brasil, pois a maioria dos meus leitores é brazuca. Mas, com o passar do tempo, já cometo deslizes... Caraças, pá!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Moda

Sabe aquela regra básica de moda que você aprendeu com sua mãe ou até mesmo com a sua avó que a bolsa tem que ser da mesma cor que o cinto e o sapato? Então.. Aviso a todos que isso é out!!!! É só assistir ao Esquadrão da Moda /What Not To Wear que vocês vão constatar quem hoje em dia, isso não se usa mais. É over!!! Você pode usar uma bolsa azul com um sapato marrom, por quê não? E marrom também combina com preto, devidas as proporções!!!
Isso é só para dizer que eu acho as portuguesas, no geral, muito “combinandinhas” neste quesito. Eu ando por aí com minha bolsa branca ou a azul e sapatos de outras cores e acho o máximo! Mas é claro que sempre deve haver bom senso nas combinações! Ou será que você comprou uma bolsa toda fashion com estampa de leopardo e comprou uns sapatos para combinar? E anda por aí meio que fugida do zoológico?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

TV Lá e TV Cá

Sempre assisti às novelas brasileiras e, sinceramente, nunca tive vergonha de admitir isso, afinal, cultura de massa também é cultura, e penso que, no Brasil, as novelas têm um impacto social tão grande que é impossível evitá-las. De que adianta viver em uma “bolha”? É impossível negar que as telenovelas tocam em pontos sociais importantíssimos e despertam discussões na sociedade. Quem não se lembra da Mel, de O Clone? Essa personagem fez com que os pais finalmente olhassem para os seus filhos. Este é apenas um exemplo, entre muitos outros.
Aqui em Portugal, as novelas também fazem muito sucesso. As brasileiras continuam a passar aqui e eu as assisto, é claro. No momento, estou acompanhando os últimos episódios de “A Favorita”.
A emissora portuguesa TVI resolveu, já há algum tempo, investir pesado no ramo e as novelas portuguesas conseguiram bater as brasileiras na briga pela audiência. O que é muito lógico, pois estas retratam uma realidade bem mais próxima da portuguesa. Eu, pessoalmente, não consigo me habituar às telenovelas portuguesas, elas dificilmente me agradam, talvez pela diferença cultural, mas fico espantada com as “modernices”.
A emissora SIC está exibindo uma novela chamada “Podia Acabar o Mundo”, que conta com duas personagens lésbicas: uma estudante e outra médica, acho eu. E elas se beijam de verdade na telinha! Não são aqueles beijos fakes e insossos que nós já vimos nas telenovelas brasileiras. São beijos reais! Acho o máximo e quero, por meio deste humilde post (Hahaha), parabenizar os portugueses. Não entendo porque isso ainda não aconteceu no Brasil. Nós nos dizemos tão liberais, mas a televisão continua a ser careta e reacionária, só não o é quando é o caso de mostrar bundas e peitos.
Além disso, um canal de televisão pública português, a RTP 2, exibe duas séries americanas bem polêmicas: “Weed” e “The L World”. Mais um ponto a favor das emissoras portuguesas! Alguém consegue imaginar a TVE ou a TV Cultura a exibir esse tipo de programas? Eu não.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ãhn?!?

Ontem, ouvi um comentário de uma estudante de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra que me deixou completamente atônita. Ela simplesmente disse assim: “Não gosto de amarelos”, referindo-se aos orientais, com a maior naturalidade do mundo, como quem diz que não gosta de azeitonas ou de cogumelos! Perguntei porque e ela respondeu-me com a mesma ignorância: “Porque não gosto de amarelos”, como se eles fossem seres diferentes dela, uma espécie de aberração, sei lá. Tentei falar na boa, mas não dá. Antipatizo. Quando ouço um comentário desse tipo, antipatizo para sempre.
Mantive o controle, respirei fundo e tentei relevar. É a postura que tenho que adotar para manter relações sociais em outro país, afinal, não sou daqui, e, muitas vezes, não sei como agir em uma situação dessas. Tento argumentar na boa, mas sem criar constrangimentos. Mas de uma coisa tenho certeza. Se fosse no Brasil… Acabava com ela.