Já me chamaram de burguesa só porque eu não como pastel na lanchonete chinesa aí no Brasil, vulgarmente chamada de “china”. Penso da seguinte forma: se é para fazer tem que fazer direito. E isso refere-se à comida também. Se é para engordar, que seja com algo que dê prazer. Comida não é para encher, e aquele pastel é uma maçaroca! Comida é para dar prazer.
Gosto muito de comer. Tenho cabeça de gordo, sempre tive. Estou sempre pensando nos petiscos, na sobremesa, no que comerei ao jantar… Comida para mim não é apenas alimento.
Mas a questão que me aflige hoje é outra. Hoje passei na delicatessen do El Corte Inglés, para quem não conhece o El Corte Inglés é uma megaloja espanhola que vende tudo do bom e do melhor. Caríssima, naturalmente. Mas eu voltei à condição de estudante e os estudantes não têm lá muitas vontades. Aliás, ser estudante é a minha desculpa para muitas coisas. Sempre que os ceguinhos do metrô, mendigos ou pessoas de instituições de caridade me pedem dinheiro, respondo: “Não dá, sou estudante”. Geralmente, me safo bem... Hehehe. Mas é verdade, não posso gastar dinheiro com nada supérfluo. Mas, apesar da minha condição profissional, eu devo ter sido rica em outra encarnação. Como toda taurina que se preze, gosto de comer bem. Quando digo comer bem, não digo comer muito, digo comer comida bem-feita.
Mas o meu problema é que eu gosto de tudo que é caro. Para mim, quanto mais fungos o queijo tiver, mais gostoso ele é. Difícil escolher um queijo preferido. Qualquer um é bom. Além disso, aprecio novos sabores, como misturas entre doce e salgado e entre quente e gelado. Amo aqueles salgadinhos de festa dos casamentos de alto nível, bem sequinhos… Salgadinho oleoso é o que há de pior. Adoro chocolate belga e suíço. E a lista continua com palmito, tomate seco, geléias de todos os tipos, caramelos, compotas, frios, enchidos, defumados… Palmito é algo bem difícil de se encontrar por aqui. Além disso, é muito caro... Coisa de 10 euros o potinho. A maioria dos portugueses que eu conheço nunca comeu palmito. Tomate seco também é incomum. Difícil à beça de encontrar e é bem mais caro que aí no Brasil.
Eu também gosto de beber café na xícara. Fico com cara de decepção quando me dão copos de papel. Para sucos ou refrigerantes, o copo tem de ser de vidro. Odeio canudos! Também não consigo comer sem guardanapos e não gosto de cigarro velho e amassado.
Enfim, desabafei. Essas são algumas das minhas frescuras. E as suas, amigos leitores? Quais são?
Arte-Terapia e Educação
Há 2 anos