Bem-vindos!

Sejam bem-vindos a este blog de uma brasileira que vive em Lisboa e "anda" por Portugal. Aqui vocês podem saber quais são minhas impressões desta terrinha lusa.
Lembrem-se: os meus textos estão escritos em português do Brasil, pois a maioria dos meus leitores é brazuca. Mas, com o passar do tempo, já cometo deslizes... Caraças, pá!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jerusalém, a terra prometida


Ultimamente, apesar dos afazeres, consegui retomar algumas leituras. Tenho frequentado uma biblioteca aqui perto e eles disponibilizam muitos livros. Resolvi aproveitar agora que tenho um pouquinho de tempo.
Minha última requisição foi Jerusalém, do Mia Couto. Nunca havia lido nada dele, mas já tinha ouvido falar muito bem. E foi surpreendente. O livro está repleto de frases emblemáticas, como “Não vale a pena viver num mundo desencantado” e “Quem ama, ama para sempre”. O texto nos faz parar e pensar na felicidade, no mundo à nossa volta, na convivência, na família, na loucura e no amor.
A história está longe de ser previsível e centra-se na decisão de um pai, que decide negar o mundo a si mesmo e aos seus filhos, instalando-se num refúgio que ele mesmo batiza de Jerusalém. Em Jerusalém, não há luz elétrica, não existem mulheres e a única fêmea é a burra Jezibela, que satisfaz os desejos carnais do pai. Os personagens têm nomes estranhos, mas peculiares.
No decorrer do romance, o feminino acaba por aparecer e se instalar em Jerusalém. E muda tudo. Vale a pena ler esse livro, que, apesar de recorrer à fantasia, é extremamente real no que toca aos sentimentos. Recomendo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dia Engraçado

Hoje o meu dia foi engraçado. Digamos que “teve piada”. Acordei às 6h30 e liguei a TV. Soube que houve um sismo de madrugada e eu não senti. Foi forte (6.1. na escala Richter), mas ocorreu a 100km da costa portuguesa e foi sentido com pouca intensidade. Nada mais patético. Eu nunca presenciei fenómenos naturais deste tipo e, quando “surge uma oportunidade”, eu estou nos braços de Morfeu.
Superado o trauma de não ter sentido o sismo, parti para a Mealhada com o intuito de apanhar o meu trem para Almeirim, a terra dos maravilhosos melões portugueses, onde fui realizar uma entrevista de emprego. Fui tomar um cafezinho na estação, esse café maravilhoso que só há em Portugal, e escutei a voz da grande Alcione no rádio. “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar…” Comecei bem o dia. Já a cantarolar. Foi uma saudade feliz.
Na volta para casa, comprei uma revista semanal portuguesa que eu gosto muito – a Visão – para me entreter na viagem. Era uma edição especial, uma síntese da década dos anos 2000. Cá entre nós, uma década bem difícil de definir. Lá estava o Lula, representando o Brasil, definido como “a” potência emergente do momento. Só fiquei a pensar: Que “merda” de potência emergente é essa? Em termos económicos, pode até ser, mas e todo o resto? Nós, brasileiros, continuamos na mesma “merda” de sempre, desculpe o palavreado, mas é verdade. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. E a classe média? Desaparecendo… Não acho que a culpa seja do Lula, ele não tem superpoderes. Mas há uma inversão de valores e de prioridades em nosso país.
Voltei para a casa da minha avó e pronto: mais um evento engraçado: tive de colocar água anti-congelante no carro. Mais uma descoberta… Eu não sabia da existência disto. Pois é, no inverno, é preciso colocar uma água no carro que não congele! Sacou?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Saudade é Masoquista

Guardo a minha saudade escondida. Envolta em um papel difícil de rasgar. Mas ele rasga-se de vez em quando. E ela surge… Imponente e masoquista. Acompanhada por lágrimas salgadas e por um choro contido. Do que foi e do que não foi.
Hoje, o estopim foi uma fotografia… Às vezes, penso que as fotografias são ferramentas de tortura que conservam a felicidade congelada… Acho que não vou mais tirar fotografias.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Até aqui?

Ontem choveu a cântaros por aqui… Foi um daqueles dias preguiçosos em que só dá vontade de ver filme na cama acompanhada de um cobertor bem quentinho e de uma tigela de pipocas.
Mas ontem aconteceu algo histórico... Que eu felizmente não vi.
Estava na cozinha comendo uma sopinha, quando de repente escuto barulho de mensagem no meu “telemóvel”. Fui ver, e a mensagem dizia: “É campeão! É campeão! Mengão!!!!”.
Inacreditável, não é? Os flamenguistas são chatos até deste lado do Atlântico!