Sabe a “síndrome da sexta-feira”? Eu chego à conclusão de que a “síndrome da sexta-feira” é algo tipicamente brasileiro. Nós esperamos o fim-de-semana com uma ansiedade tamanha, a sexta nunca chega e, cá entre nós, a sexta-feira é o melhor dia da semana. Dia de sair de casa, de encontrar o namorado, os amigos... E o melhor de tudo: mais dois dias livres pela frente.
Para quem trabalha no centro da cidade então… A sexta é o dia da “esticada” depois do trabalho. Do chope, do papo com os amigos, do happy hour, da pizza, do frango à passarinho, do acarajé e do engarrafamento na volta para casa... Mas nada disso importa, pois é sexta-feira. Nosso humor muda, e ficamos mais felizes e sorridentes.
Pois então, tenho que vos contar que aqui não é assim. Para a maioria dos portugueses, a sexta-feira é um dia de descanso. O dia escolhido por eles para sair geralmente é o sábado. Os estudantes saem mais durante a semana e, nos fins-de-semana, a maioria deles vai visitar os parentes no interior. Esse é o meu caso agora. De 15 em 15 dias, tenho ido à casa da minha avó no interior. O fim-de-semana por lá está ficando agitado. Descobri um bar de “fumadores” (aleluia!), pois o frio está de rachar e não dá para passar frio para fumar. Como também não dá para não fumar, o negócio é arrumar um bar de “fumadores” (leia-se fumantes). E achei! O nome do bar é Karranka e tem uma programação legal: bandas de rock e djs (meu pc não tem apóstrofo, abstraiam!).
Também já tenho amigos por lá e estou gostando muito de ir à terrinha. Chato é passar o fim-de-semana em Lisboa sem dinheiro. Lisboa sem grana é mesmo chata! Além disso, minhas amigas quase nunca ficam na cidade nos fins-de-semana e fico sem companhia.
Mas posso dizer que, até hoje, não perdi a “síndrome da sexta-feira”. Continuo aguardando o fim-de-semana e, quando a sexta-feira chega, fico louca para sair de casa. Agora, aguardo o fim-de-semana que vou à minha avó, ter com meu novo namorado. Pois é, amigos, arrumei um namorado que mora longe... Quase um namoro virtual. Hehehe. Mas, por um lado é bom, pois dá saudade e me dedico mais aos estudos. Tenho de me adaptar a essa nova realidade e esquecer que “tenho de sair na sexta-feira”…
Mas, neste fim-de-semana, vou ver vovó! Então, já tenho motivos para aguardar a sexta-feira.
Arte-Terapia e Educação
Há 2 anos