Bem-vindos!

Sejam bem-vindos a este blog de uma brasileira que vive em Lisboa e "anda" por Portugal. Aqui vocês podem saber quais são minhas impressões desta terrinha lusa.
Lembrem-se: os meus textos estão escritos em português do Brasil, pois a maioria dos meus leitores é brazuca. Mas, com o passar do tempo, já cometo deslizes... Caraças, pá!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sem saco para escrever..

Alguém tem uma fórmula que diga como criar uma rotina para escrever no blog? Ainda não descobri como fazer isso. Mas, sinceramente, acho que o legal disso aqui é escrever quando eu quero, sem obrigação. Quando estou “in the mood”, quando dá na telha, quando me apetece..

Madri!

Vou começar descrevendo minha viagem a Madri ou Madrid como dizem por aqui. Uma amiga minha do Brasil, a Milena, que muitos de vocês conhecem, esteve aqui em Lisboa a trabalho e decidimos passar um fim-de-semana na Espanha. Chique, não? Não, não tem nada de chique. Nós, brasileiros, temos que parar com essa idéia que tudo por aqui é chique, não é! Muitos amigos vêem minhas fotos e dizem: “ai, que chique!” Às vezes, o lugar não tem nada de chique, é uma rua comum, que só parece chique porque eu apareço usando casacão e cachecol. Eu penso que o frio deixa os lugares mais chiques para quem vê, ainda mais aos nossos olhos, pois vivemos em um país tropical. Não dá para ficar chique usando short e havaianas, né?
Bem, mas em Madri não estava frio, muito pelo contrário. Estava um calor dos infernos, digno de um dia de verão no Rio de Janeiro. Viajamos de trem em uma cabine com dois beliches. Demos sorte, pois as meninas que iam viajar conosco não apareceram e a cabine ficou só para nós. Nunca tive uma viagem tão confortável. Dormi em Portugal e acordei na Espanha. De capital para capital em 12 horas. Foram 12 horas muito bem dormidas.
Saímos da estação de trem e pegamos o metrô. Vocês não têm idéia de como é confuso o metrô nesta cidade. São 12 linhas! Mas, de forma geral, nos saímos bem e fomos ao hotel. Pagamos um supermico de turistonas, pois compramos aquele passe do ônibus turístico, que é aberto no andar superior. Não foi uma escolha muito feliz, pois com o calor que estava fazendo a viagem não era nada agradável lá em cima.
No primeiro dia, fomos ao Museu do Prado. Isso sim foi chique. Nunca tinha visitado um museu com obras de arte tão famosas, fiquei alucinada! Vimos uma exposição do Goya e o acervo do museu, que conta com obras de El Greco, Rafael, Velásquez, Tiziano, Rembrandt e Bosch, além de muitos outros. O museu é enorme e essa pressa em ver tudo deixou-me extremamente aflita. Pouco tempo e tanta coisa para ver, para assimilar.. Outro dia, em uma aula de estética, um professor meu disse que nós não vivemos mais na era da contemplação e que, por isso, a pintura não atrai mais tanta atenção das pessoas, que, hoje, é necessário movimento. É a era da imagem em movimento e da interatividade. Acredito que os organizadores de exposições deveriam pensar mais nisso para atrair mais frequentadores. Interatividade não é passar um videozinho, é apelar para todos os sentidos. Isso não nega a pintura, mas por que não “acoplar” música e pintura? Acho que as pessoas poderiam receber fones de ouvido que funcionassem como uma espécie de guia, sei lá. Só sei que algo precisa ser feito. Enfim, essa é uma opinião pessoal, mas não acho que algo escrito em uma parede funcione.
Ainda no primeiro dia, decidimos encontrar o Porky, um amigo nosso que está morando em Madri. Ele foi muito legal com a gente, nos encontrou no hotel e fomos andando até o centro. Mais uma vez, optamos pelo programa de turismo: 10 euros por três discotecas com direito a uma bebida em cada uma. A primeira discoteca era muito fraquinha e o calor estava de matar. A que eu mais gostei foi a segunda, mas não era bem uma discoteca, era um pub irlandês com música. Era véspera da final do Euro (Espanha e Alemanha) e, em todos os lugares, ouvia-se aos berros o hino da Espanha. Os espanhóis são mesmo barulhentos. Saindo dessa discoteca, fomos para a última. Vocês não têm idéia de qual foi meu espanto. Uma espanhola na noite é pior que dez brasileiras juntas. É sério. As mulheres se esfregam em todos os caras do lugar! Fiquei no meu cantinho, encostada na parede, amuada.. E exausta! O dia seguinte seria mais um longo dia.
No domingo, acordamos o mais cedo que conseguimos e fomos à Feira do Rastro com o Porky. É uma feira da ciganada, uma espécie de Uruguaiana gigante. O cuidado é o mesmo, bolsa bem presa embaixo do braço. Os ciganos têm a fama de serem mestres na arte de bater carteira, principalmente as senhorinhas. É preciso ficar atento. Não gostei de muita coisa na feira, mas acabei comprando um vestido meio riponga e, é claro, leques!
Em seguida, voltamos à supermaratona dos museus. Fomos primeiro ao Museu Reina Sofia e estava quase fechando. A propósito, na Espanha, a sesta é oficial. É verdade! Duas horas para tirar uma soneca depois do almoço. Depois, somos nós que não gostamos de pegar no batente! Enfim, conseguimos entrar no museu! De graça. Era uma promoção nesse dia. É neste museu que fica Guernica. A dimensão do quadro é absurda! É uma coisa enorme. Lindo de morrer. O museu também tinha muitos outros quadros de Picasso, Dalí, Mondrian, Miró.. Este museu era mais moderno. Fomos correndo depois ao museu Van Thyssen. Esse foi um dos mais lindos. Dalí, Van Gogh, Lautrec, Degard, Degas (eu vi o da bailarina!), Monet, Renoir, Modigliani.. Achei o máximo o fato de eles colocarem banquinhos nas salas para olharmos os quadros. No fim, não conseguia mais andar. A dor muscular estava forte e não tinha nenhum Dorflex por perto.
Fora tudo isso que acabei de contar, vi o estádio do Real Madrid; dei um pulo no bairro dos escritores, onde Cervantes viveu; tomei meu primeiro Starbucks; pensei no Alexandre o tempo inteiro, em como ele iria morrer em ver todos aqueles quadros de pertinho e no quanto quero fazer isso com ele; comi comida espanhola; fui no Mc Donalds (meu computador não tem apóstrofo) espanhol, pois a grana já estava curta; vi o entusiasmo dos torcedores espanhóis e seu vandalismo no metrô; tirei muitas fotos e tentei falar espanhol, já que os espanhóis não falam nada de inglês e meu espanhol é meio esquisito. O mais estranho é que sempre que falo espanhol, falo inglês ao mesmo tempo. Acho que esse aprendizado de línguas estrangeiras deve ficar situado na mesma parte do cérebro, só pode ser..

3 comentários:

Dani disse...

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Fácil, prático e seguro!

Anônimo disse...

estou morrendo de inveja!!! vc fez tudo q eu quero fazer qndo eu for a madri!! e ainda passeou com o porky!! hahahahah

nos vemos no brasil, certo? a proposito, estou na california! LA eh o maximo!!
bjsssss

Anônimo disse...

escrever no papel é um saco com ernia mas no pc é louco!!!!!

a.s.:pernudu