Este post não é uma impressão lusa. Esse post é sobre um vídeo que eu vi hoje. Ou melhor, eu tentei ver um vídeo, mas não consegui vê-lo até o fim. Estou chocada, enojada, envergonhada e mais todos os adjetivos do gênero que vocês possam imaginar.
Soube de uma notícia hoje sobre uma professora primária baiana que foi expulsa do colégio onde lecionava em função de ter sido filmada a “dançar” em um show de um grupo de axé. Fui ver o tal vídeo, é este que está no fim do post.
Todos nós sabemos que este tipo de coisa acontece sempre, mas não é por isso que eu deixo de ficar incrédula. Esta imagem desta mulher, que dá aulas em uma escola, dançando dessa forma no palco é, no mínimo, detestável. Eu só fico a pensar no que essa pessoa pensa… No que ela está pensando? E sinto vergonha. Vergonha de ver essa mulher adulta contorcer-se no palco. Vergonha alheia. Parece uma égua a dar coices. Isso é bonito? Isso é sexy? Isso é sensual? O que estas pessoas estão olhando? Para mim, isso é nojento e grotesco.
Depois de tantas lutas feministas, é muito triste ver uma cena destas. Eu não consegui ver a imagem até o fim e acho que, se fosse editora de algum canal de televisão, não exibiria este vídeo.
Acima de tudo, esse tipo de comportamento só piora a imagem da mulher brasileira no exterior. O nosso país já vive, e muito, de turismo sexual. A brasileira dificilmente é tratada com respeito, e esse tipo de comportamento só colabora com o preconceito.
Viva Leila Diniz! Esta sim foi uma mulher de atitude.
E, como disse Drummond,
“Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão”
Será que adiantou?
Arte-Terapia e Educação
Há 2 anos
5 comentários:
Apaguei o anterior porque este está com o vídeo. Por isso, também apaguei os comentários sem querer. E eu não sou moralista, eu só tenho bom-senso. Isso é uma vergonha!
Bubú, você é fera e tá com a galera. Tu és a contracorrente dessas mulheres. Um forte abraço!
Brigada, Marcelo querido!
Pessoalmente acho que se uma mulher quer dançar assim é um direito seu. Ainda mais nos seus tempos livres. Mas de facto não me parece actividade muito própria para uma professora, profissão já de si tão pouco dignificada nos dias que correm.
uma paleontologa
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