Bem-vindos!

Sejam bem-vindos a este blog de uma brasileira que vive em Lisboa e "anda" por Portugal. Aqui vocês podem saber quais são minhas impressões desta terrinha lusa.
Lembrem-se: os meus textos estão escritos em português do Brasil, pois a maioria dos meus leitores é brazuca. Mas, com o passar do tempo, já cometo deslizes... Caraças, pá!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A ética jornalística

Os organismos de regulação da mídia portuguesa têm uma especial preocupação com a ética jornalística, ao contrário do que ocorre no nosso país. As chamadas normas deontológicas dão credibilidade às publicações locais, até mesmo a TV e o rádio destinam espaço ao chamado provedor, que nada mais é que o ombudsman. Para quem não sabe, ombudsman é um profissional contratado por um órgão, no caso, os órgãos de comunicação, que tem a função de receber críticas, sugestões, reclamações e deve agir em defesa imparcial da comunidade. Para isso, algumas questões têm de ser observadas com muito cuidado. O ombudsman tem um mandato de, no máximo, dois anos, improrrogável. Geralmente, é um jornalista de longos anos de carreira, renomado, e não tem qualquer vínculo profissional para a empresa a qual presta seus serviços. Ele recebe reclamações de leitores, espectadores e ouvintes e analisa se o fato noticiado pelo órgão de comunicação para o qual trabalha foi apresentado com a imparcialidade exigida e sem o famigerado sensacionalismo. Nos jornais, o ombudsman costuma ter páginas fixas nas publicações e estas destinam-se a uma discussão sobre os padrões éticos e deontológicos dos produtores de informação. No Brasil, alguns jornais, entre eles, a Folha de São Paulo, têm esse espaço e alguns sites, como o UOL também. Aqui em Portugal, isso é comum. O provedor da TV pública portuguesa tem um programa no qual fala sobre a ética da própria emissora. O alcance de um programa sobre esse assunto é bem mais abrangente que páginas nos jornais, que, normalmente, são lidas apenas pelos assinantes. Tudo isso me faz acreditar que a existência de um outro jornalismo ainda seja possível.
Mas é claro que nem tudo são flores. O sensacionalismo também tem seu espaço por aqui. O caso da menina inglesa Maddie que desapareceu enquanto a família passava férias no Algarve foi explorado infinitamente pela imprensa portuguesa e ainda continua a ser. Sem desmerecer o fato, milhares de crianças desaparecem em Portugal e em todos os lugares do mundo, mas Maddie atraiu a atenção de todos por seu rosto angelical de menina inglesa, loirinha de olhos azuis. Sua foto vende.

2 comentários:

Unknown disse...

Muito bem colocado. Pela cobertura da imprensa, pelo menos aqui no Brasil, eu achava que essa coisa de desaparecimento só acontecia aqui. Não sabia que era comum por aí tb.

uma brasileira disse...

Oi querida!!!
valeu pelo 1º post!
sabe que eu ainda não fui...
estou esperando o visto que deve chegar só daqui a uma semana, mas pode deixar que vou te manter informada;)
Estou com um pressentinho aqui pra você!